AMANHÃ DO TEMPO...
Amanhã quem sabe o tempo...
A pintar na cor da aquarela
Que a vida, lhe foi passatempo
À correr lhe passou na janela.
A vida cheia de contratempos,
num correr sem muita cautela.
Amanhã quem sabe o tempo...
A pintar na cor da aquarela.
Se dia ou noite sempre a tempo
Horas livres a brincar na cartela
Passasse a escorregar no tempo
Se for par ou ímpar o jogo revela
Amanhã quem sabe o tempo...
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O AMANHÃ ME ASSUSTA
O tempo que o amanhã me espera
É uma abstração, e se desloca.
ele gira em um lado da esfera.
Que não vemos onde é a sua toca...
De lá orquestra e não preserva
A juventude que não tem volta
O tempo que amanhã me espera
É uma abstração, e se desloca
O calendário anda sem tramela,
no ritmo que ao jovem, empolga
Na minha idade cria as sequelas
E marca com dente que se solta
O tempo que amanhã me espera.
(Grata, por sua carinhosa interação, Jacó!)