PARALELAS
Caminhos sobre pontes e rios...
No silencio profundo, segreda
O ponto cego arremata os fios
A tecer em linhas de pura seda
Faz noite alta, bosque sombrio
Na clareira a subir a labareda
Caminhos sobre pontes e rios...
No silencio profundo, segreda
A escuridão trás da coruja o pio
Escura noite todo som arremeda
O vento forte a assoprar, arrepio
Abrem-se trilhas entre as veredas
Caminhos sobre pontes e rios...
Ponte que nos liga ao outro lado do rio,
é caminho feito de ferro e cimento,
sem ela, até em sonho sinto arrepio,
nem vou pensar nesse maldito momento!
Poeta Antonio Galdino
(Grata, pela sua carinhosa interação, Galdino!)
POSTURA E FRANQUEZA
Eu sendo adepto aos contornos da natureza,
Minhas paragens se moldam a bom conforto,
E não estranho quando topo as asperezas,
Nas incertezas que predominam o meu corpo.
A retidão nos cobra postura e franqueza,
Falta espaço para viver-se no pré suposto,
Sendo adepto dos contornos da natureza,
Minhas paragens se moldam a bom conforto.
O ser humano vive em grupos fora centelhas,
Vem das cavernas hoje faz as sobrancelhas,
Ah uma tendência a aprimorar suas destrezas,
Mas também no rude pode imperar a sutileza,
Eu sendo adepto dos contornos da natureza.
Poeta Miguel Jacó
(Grata, pela sua carinhosa interação, Miguel!)